domingo, 17 de abril de 2011

MUSEU DE HÁBITOS E COSTUMES DE BLUMENAU – SC

Abriram-se as malas...
Os objetos dos museus, na maioria das vezes, são guardados em sótãos, malas, caixas. Ao saírem desses lugares e serem colocados à contemplação dos olhares dos visitantes, aqueles candelabros ganham luzes, os vestidos que não ditam mais a moda ganham movimentos, os sapatos percorrem jardins e estradas que hoje já não existem mais.
Todos esses objetos quando colocados em um museu, ganham vida, ganham alma. Ao serem ordenados e cuidadosamente colocados em vitrines, saem do papel de coadjuvantes da história para se tornarem personagens principais de uma história, muitas vezes ainda não contada.
Esses objetos são capazes de juntar fragmentos da história que estavam espalhados no fundo de uma mala, fazendo com que lembranças esquecidas se tornem histórias contadas.
Se cada um desses objetos conseguir despertar algum tipo de sentimento, saudade, espanto e até mesmo estranhamento, o museu já conseguiu cumprir com o seu papel, fazendo com que as pessoas reconheçam suas vidas nos fragmentos das histórias existentes nesses espaços.
O museu é um jardim de memórias, com o desafio de fertilizar a vida de seus visitantes, contribuindo com as imbricações entre suas histórias passadas e as histórias que ainda serão contadas.
Texto de Carolini Canuto Corrêa

Novo espaço cultural da cidade abre para visitação pública […]. Idealizado pela Fundação Cultural de Blumenau, com o apoio de Wandér Weege e Laurita Karsten Weege, da Pericó-Malwee, vai reunir mais de cinco mil objetos guardados em 75 malas por Ellen J. Weege Vollmer
A Prefeitura, por meio da Fundação Cultural de Blumenau (FCB), cria um novo espaço cultural da cidade – o “Museu de Hábitos e Costumes”, que abre para visitação pública […]. Localizado no antigo casarão do Comércio de Gustav Salinger, o novo espaço de cultura de Blumenau vai reunir mais de cinco mil objetos, antes guardados em 75 malas. No local, além de exposições, os visitantes poderão fazer pesquisas sobre hábitos e costumes, contanto indumentárias, brinquedos e objetos de uso da região desde o final do Século XIX até os anos 70 do Séc. XX.
O Museu tem o apoio de Wandér Weege e Laurita Karsten Weege, da Pericó-Malwee. A coleção de objetos, aliás, pertence a família Weege. “O museu registrará a magnitude de Ellen J. Weege Vollmer pelo carinho e cuidado, bem como o gesto de doar sua coleção de valor histórico”, comenta Sueli Maria Vanzuita Petry, diretora do Patrimônio Histórico-Museológico. De acordo com ela, o acervo reúne interessantes peças originais. “O visitante terá a oportunidade de ver representadas na diversidade da moda, do brincar, hábitos e costumes de Blumenau e região”, completa a diretora.
Sueli explica que são peças de roupa masculinas e femininas, chapéus, sapatos, bolsas, acessórios diversos, brinquedos e objetos de uso doméstico. Segundo a diretora, são peças que, individualmente ou em conjunto, conduzem cada visitante a uma identificação com o universo de hábitos e costumes ali referenciados em seus diferentes contextos históricos, culturais e sociais.

- Curiosidade:
Nestas 75 malas, barbantes, esparadrapos, saquinhos de pimenta e muito cuidado foram os acessórios utilizados pela Sra. Ellen para identificar, agrupar e guardar os objetos durante os últimos 30 anos. Tudo estava no sótão de sua casa, e com o apoio do casal Weege, Fundação Cultural de Blumenau e Prefeitura - o sonho do museu pôde se tornar realidade para a sociedade. São preciosidades de outra geração, agora disponíveis para as futuras gerações.

- Quem é:
“Trineta de imigrantes pomeranos vindos ao Brasil em 1868, Ellen J. Weege Vollmer viveu seus primeiros anos com a avó paterna em Pomerode, após o falecimento de sua mãe, quando ela tinha apenas um ano e meio. Na idade pré-escolar, veio para Blumenau estudar na Escola Alemã e, assim, foi adotada pela irmã de seu pai biológico, Cecília Weege Lieschke.
Estudou em São Paulo na Deutsche Schule, hoje Colégio Visconde de Porto Seguro. Trabalhou como secretária bilíngüe na conhecida fábrica alimentícia “Dr. Oetcker”, retornando depois a Blumenau onde trabalhou na fábrica de sua família, a “Chapéus Nelsa”. Casou-se com Harald Vollmer em 1951. Tiveram dois filhos: Gunnar e Iná Vollmer. A menina Rosima, aos 9 anos de idade, veio morar com a família, como filha.
Em uma de suas viagens para a Europa com sua tia, nos anos 50, adquiriu máquinas. Em outra viagem foi aprender a manuseá-las. A ideia era montar uma fábrica de confecção de roupas íntimas. Assim, iniciou-se a Maju Ltda, ainda naquela década.
Com suas responsabilidades de mãe e empresária, a Sra. Ellen fazia a manutenção de suas coleções que iniciou já na infância. “Fui juntando as coisas, então me deu a ideia de juntar mais coisas antigas de todas essas pessoas que deixavam as casas e iam morar em apartamentos ou para ancionatos”.
Depoimento de Ellen J. Weege Vollmer, 2006

- Histórico do prédio:
O prédio edificado em 1898 foi residência e casa de comércio de importação e exportação do comerciante e cônsul alemão Gustav Salinger. Na década de 30, foi sede do Banco Nacional do Comércio. Entre os anos de 1945 e 1993 sediou a Distribuidora Catarinense de Tecidos S/A – Dicatesa. Nos anos de 1997 a 2003, abrigou uma cristaleria, comercialmente denominada Casarão dos Cristais. Após permanecer fechado por alguns anos, em 2007, este patrimônio foi adquirido pela Prefeitura e, posteriormente transferido para a Fundação Cultural de Blumenau.

- Onde se localiza:
Museu de Hábitos e Costumes.
Rua XV de Novembro, 25 – Centro.
Horários para visitação: entre terça e sexta-feira das 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados das 10h às 16h.

HUMBERTO TRINDADE, Assessor de Comunicação.
Fonte: http://www.blumenau.sc.gov.br/gxpsites/hgxpp001.aspx?1,1,28,O,P,0,PAG;CONC;54;3;D;3526;1;PAG;,

“Trabalhar com as múltiplas linguagens em Educação significa ajudar as crianças a perceber qualidades e características nem sempre evidentes, de modo mais profundo e significativo. Buscamos hoje uma visão de mundo em que prevaleça a crença na incompletude do saber, crença essa que nos impulsione e desafie na busca do conhecimento. Sabe-se também que, somente a partir da incerteza, pode – se ver sempre novos e diferentes ângulos o que é importante prestar-se atenção a tudo buscando ‘enxergar além’. […] um convite para adentrar este nosso mundo de múltiplas linguagens que ainda está por ser desbravado, conhecido e apropriado pelos educadores. […] inquieta-nos na necessidade de buscar novos caminhos e novas linguagens abrindo nossa escola e nossa sala de aula às diferenças, à promoção de um diálogo crítico, e às manifestações e experiências culturais distintas”.
As Múltiplas Linguagens na Educação Infantil, GLAUCI KUHN PLETSCH.

Postado pelas acadêmicas:
AGASIANA SUELEN SCHMITZ
ALINE STAHNKE
KARINE ZAPELLINI
LEIDIMARA BERCI
VALQUÍRIA BECKER CRUZ

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